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Estratégia & Negócios

O caminho das empresas é centrado nas pessoas

21 Março 2024

Sustentabilidade, Pessoas e Tecnologia. Foi em redor destes três temas, classificados como os pilares da indústria, que decorreu o Rapid Product Development (RPD), evento inaugural da Semana de Moldes. Esta ação, uma plataforma internacional de troca de conhecimento e experiências, possibilitou a apresentação, discussão e avaliação de vários aspetos determinantes para a competitividade das empresas.


A questão da sustentabilidade «já não é apenas uma opção nem tão pouco uma coisa simpática de se dizer, mas é sim algo obrigatório e que pode ser transformado ou aproveitado como oportunidade». Esta visão é de José Carlos Caldeira (INESC TEC), que considera que as empresas e a própria sociedade «têm grandes mudanças à frente e, com grandes mudanças, vêm os grandes desafios». E a mudança «implica uma alteração de mentalidade».


O impacto não se centra, apenas, nos equipamentos, mas no próprio modelo de negócio. Em tudo isto é preciso olhar também para as pessoas, enquanto trabalhadores das organizações e como consumidores.




José Cardoso Matos (BTEN, Business & Technology Experts Network) considera que “esta é uma mudança cultural que é necessária”, sendo fundamental, no seu entender, “envolver as pessoas neste processo”.


Para Olli Hatakka (Karelia University of Applied Sciences, da Finlândia), é preciso “decidir e dar passos, mas explicar por que temos de o fazer”. Com isto, conseguir fazer com que as pessoas desejem a mudança. Só depois disto, defende, “estamos em condições de avançar”. Ou seja, “a essência da mudança são as pessoas, as suas intenções e o seu papel”.


Torsten Urban (KIMW, Kunststoff Institut Luedenscheid, da Alemanha) deu o exemplo de como fizeram no seu país alguma mudança. Começou por falar da educação, contando que os fabricantes de moldes pediram às escolas para ajudar, criando cursos orientados para a indústria. Foi criado um projeto para dar resposta a esta pretensão dos fabricantes e os jovens, entre os 16 e os 18 anos, estão a aprender a fabricar moldes, mas tendo em conta outras questões relacionadas com a sustentabilidade. No seu entender, “é essencial chegar aos jovens que são o futuro”.


Tiago Pessoa (KORN FERRY), centrou a sua intervenção na questão do desenvolvimento de pessoas para os desafios da digitalização. Começou por referir que, de acordo com os estudos publicados, cerca de 85 % das empresas de 2030 ainda não foram inventadas. O talento é, na sua opinião, uma questão premente para a eficiência das empresas. E atrair pessoas tem de ser uma prioridade, juntamente com a aposta no digital, que muitas empresas já têm”.


“Atrair e reter talentos é a chave, mas é preciso ter em atenção a idade e conseguir cativar os jovens”, considerou, lembrando a importância de valorizar outras questões como o género ou a diversidade cultural, e ter atenção à importância da formação e requalificação dos profissionais das empresas. “É preciso novas formas de pensar, fazer e estar”, enfatizou, acrescentando que “para ter sucesso, as empresas precisam de investir na inovação e estar focadas no cliente, colocando as pessoas no centro e criando líderes para o futuro”.


Heitor Gomes (AXIANS Portugal) considerou que o caminho das empresas é “colocar as pessoas no centro e ter as máquinas a colaborar”. Com isto, as organizações podem transformar-se, melhorar as relações e, com as máquinas, ganhar mais competitividade. Lembrou a importância crucial que, neste processo, tem o treino e a formação das pessoas.