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Comissão Técnica avalia Fabrico Aditivo em Portugal

20 Maio 2021

Chama-se ‘CT220’. É a Comissão Técnica de Normalização direcionada para o Fabrico Aditivo em Portugal, que foi criada no âmbito do projeto ADD.ADDITIVE (PPS5). Trata-se de um órgão técnico, constituído por 32 entidades, com o objetivo de elaborar documentos normativos ou emitir pareceres no âmbito do fabrico aditivo. Este novo organismo foi aprovado pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), no final de março último, e é coordenado pelo Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica (CATIM).


A notícia da constituição desta comissão foi um dos destaques do webinar ‘Fabrico Aditivo’ que, organizado pelo CENTIMFE, decorreu no dia de 17 maio. Coube a Mercedes Domingues, daquele centro tecnológico, fazer a apresentação deste novo órgão que vem introduzir um conjunto de normas, acompanhar e tornar mais claro o processo de fabrico aditivo no nosso país.


Na abertura dos trabalhos do webinar, Rui Tocha, diretor geral do CENTIMFE, sintetizou um pouco da história do centro tecnológico que, este ano, comemora o seu 30º aniversário, lembrando que o fabrico aditivo é uma das prioridades desde 1998, ano em que começaram a trabalhar com a tecnologia que então, se designava ‘prototipagem rápida’. De então para cá, salientou, nesta e noutras tecnologias, “muito conhecimento foi desenvolvido e está hoje ao serviço das empresas”.


‘O Fabrico Aditivo no Cluster Engineering & Tooling’, foi o tema desenvolvido por Nuno Fidélis, do CENTIMFE. Começou por fazer referência aos muitos projetos de investigação, no âmbito do fabrico aditivo, desenvolvidos nos últimos 25 anos. Dos primeiros passos desta tecnologia (entre 1997-2001), à aplicação em cadeias alternativas, softwares específicos ou produção de pequenas séries (2001-2008), fez ainda alusão à reutilização de matérias-primas, soluções de melhoria no desempenho energético do molde (2010-2015), até às alterações efetivas nos processos: controlo dinâmico de temperaturas, sistema de vácuo para aplicação de películas, fabrico híbrido ou incorporação de sensores (2016-2021). Concluiu lembrando que as tecnologias de fabrico aditivo continuam em constante evolução, sendo cada vez mais notória a sua importância.


Marco Dias, do grupo GLN, falou sobre a ‘Importância da Normalização’ no processo produtivo. O orador salientou que, “por desconhecimento, muitas micro e pequenas empresas negligenciam a normalização”, acabando, muitas vezes, por sofrer “prejuízos” que consideram “inexplicáveis” e que podem colocar os negócios em risco. Por isso, considerou que a normalização assume uma importância enorme, promovendo a manutenção e desenvolvimento, aumentando a competitividade das organizações ao introduzir robustez aos processos e rotinas.



Valor acrescentado

Já António Baptista, do CENTIMFE, ao abordar o tema ‘Investigação e Desenvolvimento no Fabrico Aditivo’, chamou a atenção para alguns dos desafios que se colocam a esta tecnologia. Nomeadamente, “a pouca variedade de materiais, a lentidão dos processos ou a ausência de modelos de decisão”. Por isso, aconselhou a que se olhe para as áreas de investigação, de forma a desenvolver estes processos.


‘O Fabrico Aditivo como Fonte de Inovação’, foi o tema abordado por Pedro Lourenço, do grupo Erofio. Destacando o investimento avultado desta tecnologia, que, no seu entender, “vai muito para além dos equipamentos”, considerou, no entanto, que as vantagens são evidentes. De tal forma que o grupo a que pertence tem vindo a incrementar a sua aposta neste processo, desde 2009. O Fabrico Aditivo é, sustentou, “uma forte fonte de inovação, com impacto na forma como projetamos os moldes e, sobretudo, no valor acrescentado que oferecemos aos nossos clientes”.


Esta sessão contou uma assistência virtual constituída por com cerca de nove dezenas de pessoas, a grande maioria profissionais dos sectores de moldes e plásticos.


O webinar inseriu-se no conjunto de ações de divulgação e sensibilização que o centro tecnológico está a promover, no âmbito da comemoração do seu aniversário. Rui Tocha deixou um apelo às empresas: “não deixem de nos desafiar; o CENTIMFE quer, cada vez mais, ser um parceiro para ajudar a reforçar a competitividade das empresas”.