
Semana da Indústria da Figueira da Foz
A Incubadora Mar&Indústria da Figueira da Foz e a ACIFF – Associação comercial e Industrial da F (...)
22 Maio 2025
30 Abril 2025
Eficiência, qualidade e durabilidade. Se há três palavras que todos os profissionais da indústria dos moldes valorizam, são estas. E há um elemento-chave que as pode garantir logo à partida: o sistema de injeção.
É fácil subestimar o seu impacto, afinal, parece apenas “mais uma” decisão técnica. Mas como defendem os especialistas da SF Moldes e da TCC, a escolha do sistema de injeção pode ser o fator que separa um processo produtivo fiável e otimizado de um repleto de problemas, retrabalho e desperdício.
O coração do molde é mais do que um detalhe técnico
Jorge Cardoso, da SF Moldes, não tem dúvidas: “os sistemas de injeção são fundamentais para garantir não só a qualidade da peça plástica final, mas também a eficiência do processo produtivo e a longevidade do molde”.
Um sistema bem projetado permite um fluxo homogéneo do material, a redução de defeitos (como linhas de soldadura, empenos, variações de espessura), a diminuição de tensões internas e ciclos de produção mais curtos, e, claro, menos energia gasta e menos retrabalho.
Mas a eficácia não está apenas na tecnologia escolhida. Está na forma como o sistema se integra com o conceito do molde, e isso exige know-how técnico e visão estratégica.
Jorge Cardoso, SF Moldes
Entre escolhas técnicas e realidades de produção
De acordo com Luís Anunciação, da TCC, a complexidade das peças, o tipo de material, o número de cavidades, o ponto de injeção ou as trocas de cor são fatores críticos a considerar. A decisão entre um sistema de injeção valvulado ou um ponto aberto, por exemplo, pode parecer apenas uma questão de cus, mas afeta diretamente a qualidade e o ritmo de produção.
Sim, os sistemas valvulados são mais caros à partida. Mas oferecem maior controlo, evitam falhas, e compensam rapidamente no volume de produção.
De olho no futuro: IA, sensores e eficiência energética
Ambos os especialistas concordam: o futuro passa pela automação inteligente, integração de sensores IoT e inteligência artificial nos sistemas de injeção. Estamos a falar de moldes que se ajustam sozinhos com base em dados em tempo real, antecipam falhas antes de acontecerem e mantêm a qualidade mesmo com ciclos exigentes.
E com a sustentabilidade no radar, há também um foco crescente em soluções energeticamente mais eficientes, como câmaras quentes com menor consumo sem comprometer a estabilidade térmica.
Luís Anunciação, TCC Moldes
Em resumo: o sistema de injeção não é um detalhe. É uma decisão estratégica.
Se está a rever processos produtivos, não deixe esta escolha nas mãos do acaso (ou apenas no caderno de encargos do cliente). A performance, a longevidade e o custo final da sua produção podem depender disso.
Leia o artigo original na revista MOLDE.