
O futuro da alimentação: será possível imprimir alimentos?
Já imaginou sair do trabalho, programar o jantar com um toque no telemóv (...)
13 Fevereiro 2025
22 Janeiro 2025
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Há duas formas de persuadir um cliente: através de retórica ou de narrativas que criam conexões. Por Ana Timóteo |
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Para uma mente mais analítica, contar histórias, numa indústria como a de moldes, pode ser considerado acessório ou até mesmo dispensável. Afinal, a tomada de decisão neste setor é frequentemente associada a dados, especificações, preços e métricas objetivas. Contudo, essa visão ignora um fator crucial: mesmo o público mais racional é influenciado por narrativas que contextualizam e dão significado às escolhas, não fosse o ser humano emotivo por natureza.
O ato de contar histórias – o storytelling – não se opõe à lógica; complementa-a. Uma boa narrativa transforma números e informações técnicas em algo compreensível e memorável, ao associá-los a cenários reais e demonstrando o impacto prático das soluções. Ao integrar o storytelling, as empresas podem transcender as barreiras técnicas e posicionar-se de forma mais assertiva e envolvente no mercado, acrescentando valor ao seu produto ou serviço.
Na indústria de moldes, o potencial do storytelling é ainda mais relevante porque se trata de um setor altamente técnico e competitivo, cujos produtos podem ser percebidos como commodities. No entanto, a realidade é que os moldes portugueses têm características que vão muito além das especificações técnicas.
Os fabricantes de moldes nacionais são amplamente reconhecidos pela sua qualidade, inovação e pelo acompanhamento comercial próximo e personalizado. Porém, uma análise da generalidade das empresas revela que essas características, embora importantes, já não são exclusivas - nem em Portugal, nem no estrangeiro. Concorrentes internacionais, incluindo asiáticos, têm demonstrado uma melhoria consistente na sua qualidade técnica, oferecendo preços altamente competitivos como elemento diferenciador.
Então, se os moldes nacionais não conseguem competir pelo preço, eis uma pergunta provocadora: porque é que as empresas não estão a ajustar a sua narrativa?
Não basta vender precisão técnica, até porque hoje qualquer um o pode fazer.
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Na indústria de moldes, o potencial do storytelling é ainda mais relevante porque se trata de um setor altamente técnico e competitivo, cujos produtos podem ser percebidos como commodities. |
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O que distingue a indústria portuguesa de moldes é muito mais do que a qualidade dos seus produtos. É a especialização, o rigor, a atenção aos detalhes e o know-how acumulado de técnicos altamente qualificados. São as certificações obtidas junto de entidades que impõem elevados padrões globais de qualidade. É a capacidade de desenvolver projetos personalizados com agilidade, ajustando processos rapidamente para cumprir prazos de entrega competitivos.
É, também, o querer estar presente onde o cliente precisa, com empresas que se deslocalizam, individualmente ou em consórcio, para garantir soluções em tempo útil, mesmo em fusos horários distintos. É a preocupação em compreender as necessidades específicas de cada cliente, priorizando soluções personalizadas em vez de operações em larga escala e padronizadas.
Além disso, é o investimento contínuo em investigação e desenvolvimento de práticas sustentáveis, que reflete um genuíno compromisso com o planeta. É a localização geográfica estratégica, que facilita operações logísticas no mercado europeu e global. E, por fim, é o custo total de aquisição que faz das soluções portuguesas uma escolha competitiva a longo prazo, com menor necessidade de ajustes, maior durabilidade e menor impacto operacional.
A verdadeira vantagem da indústria portuguesa não está apenas na venda de moldes. O que oferecemos é muito mais: é um pacote integrado, uma solução completa que vai além do produto. Não vendemos apenas moldes; vendemos confiança, fiabilidade e resultados consistentes. Vendemos paz de espírito.
Esta é que é a verdadeira história das empresas de moldes. Falta contá-la.