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Indústria à Lupa

IMTEC: Aposta no rigor abre caminho ao crescimento e sucesso

10 Janeiro 2023

A IMTEC iniciou o seu percurso no início da década de 1990. Desde então, este projeto familiar tem sido sinónimo de crescimento e sucesso devido, sobretudo, à aposta no rigor e bem-fazer. Hoje, é um grupo empresarial, composto por quatro unidades que, no seu conjunto, asseguram uma resposta de excelência aos seus clientes. Com cerca de uma centena de colaboradores, a IMTEC projeta, para 2023, incrementar a sua oferta no que diz respeito à injeção de plásticos.


Começou por integrar um grupo empresarial, do qual se autonomizou em 1990. E é a partir desse momento que começa a ser escrita a história da IMTEC. Nasceu como uma pequena unidade, tendo como sócios António José Sousa e a esposa, Maria Manuela Henriques. Em conjunto, conseguiram criar uma estratégia de sucesso que foi conquistando clientes e permitiu à empresa ir ganhando dimensão. No entanto, manteve sempre a sua característica de projeto familiar, tendo, atualmente, a nova geração – os dois filhos do casal fundador – na gestão.


Da zona da Costa, na Maceira (Leiria), onde funcionou nos primeiros anos, a IMTEC mudou, de armas e bagagens, em 2007, para as atuais instalações, na zona industrial de Casal da Areia, em Alcobaça. A mudança permitiu aumentar a sua capacidade instalada. Para além dos moldes técnicos, de menor dimensão, com os quais conquistou o seu mercado, a empresa passou a fabricar outro tipo de moldes, até 20 toneladas.


Tem, hoje, quatro unidades: duas dedicadas aos moldes, quer de pequena, quer de grande dimensão; uma outra especializada no trabalho inicial do aço, como o galgamento e furações (a It-Mill) e a quarta dedicada à injeção de plásticos (IMTEC Plastics).


A It-Mill iniciou a sua atividade em 2017, num pavilhão criado especificamente para acolher a sua atividade. Já a IMTEC Plastics é a mais recente. O projeto começou a ser criado em 2019 e iniciou a sua ação em 2022. O seu objetivo é, sobretudo, realizar os ensaios dos moldes produzidos no grupo, de forma a agilizar a resposta aos seus clientes. Mas não só. A unidade permite também fabricar produtos de clientes, apostar no desenvolvimento dos seus próprios produtos e, até, estar ao serviço de fabricantes que necessitem de testar os seus moldes.


Ricardo Sousa, gestor, conta que o objetivo é “ir dando passos gradualmente, de forma a rentabilizar os investimentos feitos”. Com a criação desta unidade, reforça, “é possível abarcar todo o processo de fabrico, desde a receção do aço à injeção”. E a injeção, adianta, é uma área de negócio que pretendem incrementar no decorrer do ano de 2023.


Foto: IMTEC


MATÉRIAS-PRIMAS

O número de colaboradores tem vindo a crescer em função das necessidades, sendo, atualmente, cerca de uma centena, entre todas as empresas do grupo.


Depois dos primeiros anos, marcados pelo trabalho para o mercado nacional, a IMTEC tem na Europa os seus principais clientes, sobretudo em Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e Países Baixos. Além destes, tem desenvolvido trabalho para outros mercados mais longínquos, como África do Sul e Brasil.


A indústria automóvel é, a nível sectorial, o principal mercado, representando cerca de 50 % do total da produção. A dependência deste sector já foi maior, explica o responsável, salientando, contudo, que “os melhores anos de faturação devem-se, até hoje, ao trabalho para a indústria automóvel”. Justifica, com isso, o peso que este representa, acrescentando que, em 2022, parte significativa do trabalho destinou-se ao sector automóvel. Mas a empresa tem vindo a diversificar, apostando noutras áreas, como a decoração, eletrónica, eletrodomésticos, peças industriais, artigos de jardinagem entre outras.


Manifestando a mesma determinação de sempre em continuar a crescer e inovar, Ricardo Sousa conta, contudo, que a atual conjuntura – marcada pela pós-pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia – causa alguma preocupação.


Uma das questões que destaca é o custo das matérias-primas, cujas oscilações têm, no seu entender, “complicado muito a capacidade de decisão”. Exemplifica: “Temos negócios adjudicados com orçamentos executados há quatro ou mais meses e a volatilidade dos preços das matérias-primas tem causado constrangimentos no valor final do molde”. E, acrescenta, “não é fácil sensibilizar os clientes e nem sempre conseguimos fazer refletir o aumento das matérias-primas”.


Isto, sustenta, causa alguns constrangimentos como, por exemplo, a possibilidade de manter “níveis salariais interessantes” para fixar os colaboradores. “Queremos mantê-los connosco e reconhecer o seu valor”, salienta.


No seu entender, esta é uma questão que devia unir toda a indústria. “Deve haver uma reflexão de todos em torno do valor do molde”, explica, considerando que o sector beneficiaria se “as empresas mostrassem uma posição mais unida”.