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Indústria à Lupa

INOGRAVE: Visão de futuro e aposta na tecnologia impulsionam empresa de texturas a laser

11 Dezembro 2023

A Inograve, empresa de texturas a laser e gravações para a indústria, tem desempenhado um papel relevante nesta área, graças a uma visão direcionada para a tecnologia e inovação, que se tem traduzido num percurso de crescimento e sucesso. Tem, desde sempre, demonstrado um compromisso inabalável com a melhoria dos seus processos, de forma a assumir-se como um parceiro de excelência para os seus clientes. Com uma equipa de nove pessoas, tem Portugal e Espanha como principais mercados, disponibilizando os seus serviços, na sua maioria, à indústria utilizadora do aço, da qual faz parte o sector dos moldes para plásticos.


A Inograve foi fundada em 2004, em Travanca, surgindo como resposta àquela que era, então, uma carência na região: as texturas e gravações para a indústria. António Pereira, que leva mais de três décadas de experiência nesta área, juntou-se com outro profissional e avançaram com o projeto. O sócio veio, mais tarde, a deixar a sociedade, permanecendo como funcionário, tendo falecido há cerca de dois anos.


“Decidimos arriscar porque víamos que no mercado havia falta de empresas que tivessem estas soluções”, explica. Havia, então, uma grande procura a nível das texturas – mais do que nas gravações que era (e é) outra das suas apostas -, o que impulsionou rapidamente o negócio da empresa. “Na altura, tínhamos muito que fazer porque não havia, praticamente, concorrência”, recorda.


O crescimento, explica, foi sempre sustentado numa visão de futuro, assente numa aposta crescente nas tecnologias de vanguarda. Por isso, muito rapidamente começaram a oferecer texturas e gravações a laser (quando o habitual eram as texturas e gravações químicas). Para tal, e com uma atitude visionária – que tem sido uma das principais características da empresa – a Inograve adquiriu uma máquina a laser. Desde então, tem apostado em várias tecnologias e equipamentos inovadores.


António Pereira defende que, para oferecer as melhores soluções aos seus clientes, é necessário “estar disposto a desbravar novos caminhos, arriscar” e, por isso, abraçar as tecnologias emergentes, transformando desafios em oportunidades.


“Para ter futuro, é preciso estar constantemente a inovar”, afirma. E foi o que fez. Uma das apostas foi a aquisição de uma máquina de texturas a cinco eixos, há quatro anos, que revolucionou o processo produtivo da empresa.


Foto: Inograve


AS PESSOAS

A equipa da Inograve é jovem, constituída por nove pessoas (entre as quais, o fundador). Ao contrário do que sucedeu no início da atividade, em que o calçado era o principal cliente, hoje o aço, que integra a indústria de moldes para plástico, representa a maior fatia da produção, representando cerca de 70 %. As texturas ocupam a maior fatia desta produção.


Quanto às gravações, conta, têm hoje um valor praticamente residual porque há tecnologias que se tornaram muito acessíveis e as empresas começaram a apostar nas suas próprias soluções. A Inograve assegura um tipo de gravação mais complexa e rigorosa.


António Pereira conta que, atualmente, a empresa tem 470 clientes, a maioria oriunda do mercado português, mas tem também um número interessante de clientes no mercado espanhol.


“Os nossos clientes mantêm-se há bastante tempo connosco”, conta, assegurando que, “uma parte até já consideramos mais amigos do que clientes”.


No entanto, à medida que a empresa continua a sua trajetória ascendente, enfrenta um desafio que preocupa o seu líder: a dificuldade de encontrar mão de obra especializada.


A aposta da empresa tem passado pela sua capacidade de atrair, reter e desenvolver profissionais especializados. “A dificuldade não é encontrar a tecnologia: essa existe e está disponível no mercado. A dificuldade é encontrar pessoas”, enfatiza, acrescentando que “por sorte, tenho uma equipa muito bem orientada, muito profissional e dedicada”. E, adianta, “eu passo o dia todo com eles, a trabalhar ao seu lado, tentando perceber as suas dúvidas e ajudá-los a desenvolverem-se”.



FUTURO

Apesar deste desafio, a empresa mantém a sua visão e determinação, mantendo-se sempre alerta e vigilante em relação a novas tecnologias e soluções que permitam dar a melhor resposta aos seus clientes.


“Acredito que, com a nossa qualidade e rigor, sobretudo no cumprimento de prazos, teremos sempre trabalho. A diversidade de clientes, parte deles ainda da indústria do calçado, também nos permite ter otimismo em relação ao futuro”, explica.


No entanto, afirma-se algo apreensivo com a situação das empresas de moldes, considerando que este arrefecimento no mercado tem feito com que “andem muitas empresas a competir e a praticar preços muito baixos e isso pode vir a comprometer a qualidade. Preocupam-me essencialmente as empresas de moldes mais pequenas porque acho que vai ser complicado ter de competir com as maiores”, sublinha.