
O futuro da alimentação: será possível imprimir alimentos?
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13 Fevereiro 2025
15 Janeiro 2025
«A cerimónia e outras simbólicas atividades deste dia serão particularmente marcadas com o descerramento da placa comemorativa dos 75 Anos, uma visita open house às instalações de engenharia e produção, a que se seguirá a apresentação evocativa de um pequeno vídeo preparado para esta ocasião.», tal como pode ler-se em comunicado.
«O Senhor Edilásio Carreira da Silva, ainda como responsável (encarregado) da secção de serralharia de moldes da Companhia Industrial Portuguesa, foi desde sempre um observador atento à evolução da indústria de plásticos, logo após o desfecho da Segunda Guerra Mundial. A empresa Aníbal H. Abrantes (também integrante do Grupo IBEROMOLDES) já estava em operação como empresa de moldes (desde finais de junho de 1945), quando em 1950, o Sr. Edilásio considerou ser o momento oportuno para se instalar numa pequena oficina, que viria a ser o embrião da futura fábrica em Picassinos, Marinha Grande.
O legado assumido pelo Grupo IBEROMOLDES, em conjunto com o Grupo RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas, em 1978, permitiu continuar a desenvolver o propósito “sonhado” pelo seu fundador, continuando a desenvolver-se e a ser uma referência no seu sector industrial, a Indústria Portuguesa de Moldes.
Na história do Grupo muitos são os marcos de que nos orgulhamos e que se transformaram em importantes legados para a modernidade do tecido empresarial nacional. A EDILÁSIO, já integrada no Grupo IBEROMOLDES, foi a primeira empresa de moldes na Europa a introduzir um sistema CAD/CAM multi-terminal, um sistema MCAUTO/McDonnell Douglas (em 1983). A introdução desta tecnologia permitiu à empresa dar um passo gigante na senda da adoção pioneira de tecnologias digitais, agilizando de forma direta a interação plena com as empresas clientes, partes integrantes de importantes grupos multinacionais.
À semelhança da Aníbal H. Abrantes, a EDILÁSIO desde sempre se destacou na Indústria de Moldes Portuguesa, não só pela tipologia de moldes e mercados, mas fundamentalmente pelo papel dinamizador e inovador, que desde sempre assumiu em toda a Indústria de Moldes. Sendo a formação um dos pilares que esteve na génese desta empresa, muitos foram os técnicos de moldes que se formaram nesta empresa, que nos dias de hoje, com as suas próprias empresas ou como parte dos quadros profissionais em outras congéneres, demonstraram e ainda demonstram, a importância destas “escolas” no desenvolvimento e crescimento orgânico da Indústria de Moldes Portuguesa.
Não menos importante, a capacidade de angariação de novos clientes por parte da empresa assume especial revelo na década de 60, e seguintes. Estabeleceram-se as primeiras relações económicas com compradores externos marcantes, criando e promovendo uma cultura muito própria e inovadora para a época, que veio a ser motora do seu desenvolvimento e de muitas das outras empresas criadas no seu seio.
A Indústria de Moldes desenvolveu-se até hoje com a contínua introdução de tecnologias emergentes e, sobretudo, com relações de confiança com os mercados exteriores e clientes, a maioria das quais ainda hoje persistem. Cedo se tornou claro, que a exportação era o caminho. Os mercados externos são uma característica diferenciadora, que a Indústria viria a desenvolver e a alavancar, permitindo nos dias de hoje indicadores de exportação acima dos 90% da sua produção. Desde a sua génese, esta indústria conseguiu um posicionamento no mundo global que a indústria tradicional portuguesa estranhamente mal conhecia. Nessa época o conceito de “Globalização” ainda não estava disseminado, nem em suficiente fase de experimentação. As tecnologias de comunicação, meios e vias de transporte não estavam ainda desenvolvidas e, também nestes campos as empresas pioneiras da indústria tiveram um papel preponderante na abertura “dos novos mundos, ao Mundo”.
O futuro desta nossa Indústria, que em 2025 celebrará os seus 80 anos, continua assente no inevitável desenvolvimento tecnológico e organizacional, no capital humano e consequente desenvolvimento de competências e conhecimento, e não menos importante, fortemente dependente da sua capacidade de Cooperação, Adaptação e Re-invenção, continuando a trajetória que lhe é reconhecida e se converte numa estratégia de exigência e excelência permanente.
Consideramos que celebrar 75 anos de atividade é também a contínua responsabilidade de Olhar o Futuro e monitorizar os enormes desafios em grande mutação, assumindo o legado dos fundadores pioneiros, a vontade de vencer e fazer com que as nossas empresas continuem a estar na frente, enquanto empresas de referência, em Portugal e no panorama industrial internacional.»