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Sustentabilidade

Nuno Cipriano (VANGEST): Sinergias como forma de assegurar a sustentabilidade

24 Agosto 2023

“As sinergias de grupo são, sem dúvida, a melhor forma de assegurar a sustentabilidade do negócio”. Quem o defende é Nuno Cipriano, CEO do Grupo Vangest, para quem “a complementaridade das nossas unidades de negócio (Moldes, Injeção, Protótipos, Meios de Controlo e Software) é um elemento diferenciador, o que torna o nosso posicionamento único no mercado”. E, por isso, enfatiza, “aproveitar as sinergias que daí resultam é fundamental”.


Esse aproveitamento pode ser feito de diversas formas, “desde os serviços integrados de suporte, o cross-selling, as economias de escala e a otimização de recursos: todas as formas de aproveitamento das sinergias de grupo contribuem para robustecer o negócio como um todo”.


O investimento em tecnologia “sempre teve e vai continuar a ter um papel fundamental na nossa indústria”, até no que diz respeito à questão da sustentabilidade. E isso é notório, no seu entender, na renovação dos parques de máquinas para equipamentos mais modernos e com maior eficiência energética, o investimento em parques solares para autoconsumo, e outros investimentos em tecnologias mais sustentáveis. Estes, afirma, “têm um peso importante no posicionamento da empresa ao nível da sustentabilidade ambiental”.


Mas, “além das tecnologias, são cada vez mais as pessoas e os métodos que podem alavancar a diferenciação e contribuir para uma maior sustentabilidade, nas suas diversas vertentes: desde a consciência ambiental que tem inerente uma cultura de redução de desperdícios até ao desenvolvimento de processos eficientes que são necessários para garantir um serviço premium mais competitivo”.


Apesar da estratégia e do esforço das empresas no sentido de caminhar na direção de um futuro mais sustentável, há questões que, salienta, causam alguns constrangimentos. “Estamos inseridos no mercado europeu e sujeitos às regras do primeiro mundo, mas competimos, muitas vezes, com países emergentes que jogam o mesmo jogo, mas com outras regras”, considera, enfatizando que “garantir a competitividade num mercado exigente e global ao mesmo tempo que fazemos a nossa parte para contribuir para um mundo melhor e mais sustentável, é um enorme desafio”.



Parcerias fortes

No entanto, na sua opinião, não é possível que uma empresa seja, hoje, competitiva, se não garantir um conjunto de ações que a configurem como sustentável. “A eficiência dos processos, que pressupõe a redução dos desperdícios e a otimização dos recursos, é uma condição absolutamente fundamental para a competitividade”, afirma.


E para assegurar essa competitividade é fundamental fazer-se rodear de bons parceiros. “Ter parcerias fortes e duradouras, quer com clientes quer com fornecedores, é importante para desenvolver o alinhamento necessário a todo este processo”, defende, acrescentando que, no entanto, “infelizmente da parte dos clientes, muitas vezes, o discurso da sustentabilidade não tem consequências práticas quando o fator ‘preço’ fala mais alto”. Por isso, destaca, “a questão da competitividade é fulcral, embora nem sempre seja possível, nem desejável, competir com a oferta de países low cost”.


Outro aspeto que classifica como importante na cadeia de valor, diz respeito àquilo que diz serem “as exigências que nos chegam, normalmente dos nossos maiores clientes, tais como os indicadores de redução de emissões e de autossuficiência energética, que somos encorajados a passar também aos nossos fornecedores”. Ora, sublinha, “sendo um caminho que ainda está no seu início na nossa indústria, acredito que será algo preponderante no futuro e que vai influenciar a seleção dos parceiros de negócio”.


Uma outra dificuldade neste caminho da sustentabilidade é, no seu entender, “encontrar permanentemente o equilíbrio certo entre o volume de captação de negócios e os preços que salvaguardam as margens necessárias”. Este “é fundamental para assegurar uma rentável ocupação da capacidade instalada, e assim garantir que os recursos são utilizados da forma mais eficiente e sustentável possível”.


E adverte: “baixar preços para ganhar volume já se revelou catastrófico para muitas empresas do sector”. Mas, salienta, em contrapartida, que “só é possível uma empresa ser competitiva se conseguir garantir os níveis de ocupação que permitam uma correta otimização dos recursos”.