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Indústria à Lupa

FAMIL: Especialistas nos moldes de alumínio para a indústria do calçado

07 Dezembro 2022

A aposta na constante inovação, no cumprimento dos prazos e na qualidade do serviço tem permitido à Famil crescer e afirmar-se como um dos principais fabricantes de moldes para a indústria do calçado. Criada em 1987, em Felgueiras, a empresa tem incrementada uma eficácia da resposta que tem sido fundamental para fidelizar clientes ao longo dos anos. Atualmente com 38 colaboradores, a Famil produz cerca de 70 % para o mercado nacional, tendo como missão para o futuro crescer nos mercados internacionais e reforçar o seu quadro de pessoal.


A Famil foi criada em 1987, em Felgueiras, procurando constituir-se como a resposta a uma das principais necessidades sentida pela indústria do calçado: o fabrico de moldes. Tem na sua génese um projeto de quatro sócios, três deles da área do calçado e o quarto com especialização na metalomecânica. A empresa foi trilhando um caminho de sucesso, consolidado pela forte aposta na qualidade do seu serviço, tendo como principal cliente, desde a sua origem e até hoje, a indústria do calçado. A maior parte da sua produção é constituída por moldes em alumínio.


Pedro Bragança, responsável da Famil, explica que um dos principais ‘segredos’ do sucesso da empresa tem sido “a sua agilidade”. Ou seja, a capacidade de se ir adaptando às necessidades do mercado, fruto de uma aposta permanente em tecnologia e quadros especializados. Os quatro sócios fundadores mantêm-se na empresa que tem, atualmente, 38 colaboradores e, além do mercado nacional – que absorve 70 % do total produzido -, exporta para Espanha, Alemanha, França, Índia e Paquistão. O responsável adianta que a aposta nas tecnologias começou a evidenciar-se, sobretudo, a partir do ano 2000, algo que, no seu entender, “foi transversal a praticamente todas as empresas do sector dos moldes”.


Desde então, a empresa foi inovando e alargando a sua oferta de serviços ao cliente, desenvolvendo o molde desde a fase do projeto até ao fabrico e integrando a capacidade de testagem. A indústria do calçado mantém-se como prioritária, mas, nos últimos anos, a Famil tem desenvolvido alguns projetos para outras áreas, como alguns artigos para bicicletas.



NEGÓCIO PUJANTE

Pedro Bragança afirma que, para o futuro, o foco deverá manter-se no mesmo ramo de atividade. A diferença, considera, será o “investimento em modernização”, de forma a assegurar, cada vez mais, uma melhor resposta aos seus clientes. “A indústria do calçado deverá manter-se como o nosso principal mercado”, explica.


O ano de 2022, conta o responsável, começou com perspetivas auspiciosas de incremento da atividade. E isso acabou por vir a confirmar-se com o passar dos meses. “Sentimos crescer fortemente e de forma pujante, o número de encomendas”, salienta, acreditando que isso se deveu à necessidade que os clientes têm de procurar uma resposta que coloque rapidamente os produtos no mercado. “Penso que os clientes têm noção de que isso não aconteceria se recorressem aos seus fornecedores habituais, sobretudo da Ásia, e encontraram a solução em Portugal”, considera.


No seu entender, “a primeira parte do ano de 2022 foi muito positiva e acreditamos que continuará a ser”. E isto, conta, depois de terem passado sem grandes oscilações pelo impacto da pandemia de Covid-19. “Nunca paramos de trabalhar. Estivemos algum tempo em teletrabalho e com algumas adaptações, mas no final acabamos por não ser muito afetados e até conseguimos crescer”, revela.


Apesar do otimismo, Pedro Bragança admite sentir alguma preocupação devido ao preço das matérias-primas e da energia. “Se se mantiverem estes aumentos, pode ser complicado”, considera. Uma outra questão que suscita alguma apreensão prende-se com os recursos humanos. Por duas razões essenciais. Por um lado, sustenta, “cada vez é mais difícil encontrar pessoas para trabalhar” e, por outro, salienta, “toda a conjuntura internacional, com a inflação elevada, leva a que as empresas tenham de encontrar forma de remunerar melhor os seus colaboradores, sob pena de as famílias perderem poder de compra e virem a ter problemas”. Ora, defende, qualquer uma destas questões “levanta grandes dificuldades às empresas”.


São desafios que a Famil tenta encontrar forma de ultrapassar. Por isso, conta, “temos criado um programa para aumentar a produtividade, com aposta em robotização e maquinação, de forma a fazer a empresa crescer e conseguir melhorar os resultados e também remunerar melhor os nossos colaboradores”. As pessoas são um desafio crescente para toda a indústria. “Temos de conseguir atrair pessoas e aumentar a vontade e a motivação das equipas”, defende.


A Famil, revela, “tem conseguido assegurar a estabilidade nos seus recursos humanos, tendo pessoas que estão há várias décadas na empresa porque se sentem bem”. “O nosso objetivo é que seja assim com todos: que se sintam integrados e reconhecidos. Essa é a nossa grande preocupação”, conclui.