
Semana da Indústria da Figueira da Foz
A Incubadora Mar&Indústria da Figueira da Foz e a ACIFF – Associação comercial e Industrial da F (...)
22 Maio 2025
01 Abril 2025
O grupo empresarial MD, de Leiria, pretende concorrer para fabrico de componentes do novo Volkswagen ID.Every1, que será construído em Portugal, na Autoeuropa. Este modelo, que é ainda um protótipo, chegará em 2027 e terá uma autonomia de 250 km.
A Volkswagen mostrou as primeiras fotografias e características deste que será o veículo elétrico mais pequeno e acessível da gama, competindo com o Citroën ë-C3, Fiat Grande Panda, Renault Twingo e Hyundai Inster.
Foto: Volkswagen
O ID.1 poderá ser simultaneamente o veículo elétrico mais simples e mais avançado do ponto de vista tecnológico da gama global da marca Volkswagen, ao mesmo tempo que tem o preço mais baixo - 20.000 euros (preço indicativo para o mercado alemão). Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen, afirma: “O ID. EVERY1 é a última peça do puzzle na nossa jornada para termos a mais ampla seleção de modelos no segmento de volume. Assim, poderemos oferecer a cada cliente o automóvel certo com o sistema de propulsão adequado – incluindo mobilidade elétrica acessível de entrada.” E acrescenta: “O nosso objetivo é expandir a nossa posição como o principal fabricante de volume a nível mundial em termos de tecnologia até 2030. E fazê-lo como uma marca para todos – exatamente como se espera da Volkswagen.”
A Volkswagen é um dos maiores clientes do Grupo MD. Bruno Machado, CEO, avançou ao jornal ECO que a empresa vai concorrer para o novo veículo elétrico da marca, que será produzido na fábrica da Autoeuropa, em Palmela. “Vamos concorrer para o novo carro que a Autoeuropa acabou de concretizar, o ID.1. Normalmente, fazendo painel de fornecedores estratégicos da Volkswagen para um determinado tipo de produto, somos convidados a orçamentar determinados produtos. Há uma série de outros concorrentes que vão a competir e depois ganha a melhor proposta integrada (engenharia, técnicas e competitiva)”.
O Grupo MD encontra-se à procura de novos investidores, após a gestora de ativos Alantra - que detinha 70 % do capital da MD, desde 2017 - ter posto à venda a sua participação. “Os fundos têm a suas próprias dinâmica e maturidade, que é fazer esta revitalização ao longo do tempo. A maturidade chegou a um ponto em que a Alantra vê com bons olhos a passagem de testemunho para investidores industriais ou outros. Acaba por ser um processo normal, tendo em consideração a dinâmica dos fundos de investimento, que, tipicamente, entram nas empresas para as desenvolver e melhorar durante os cinco, sete ou oito anos”, diz Bruno Machado.
No ano passado, o grupo MD – com as duas empresas de moldes e plásticos – teve um volume de negócios acumulado de 55 milhões de euros, o que representa uma subida de 12 % em relação aos 49 milhões de euros registados em 2023. A projeção para 2025 é faturar 71 milhões de euros.